quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Passei

tinha escrito este troço há muito tempo e continuava pelo meu encanto inicial por Viçosa. Mas eu não acabei o texto, dde modos que dada a urgência de manter um texto a cada semana, mando este mesmo reclamações na gerência.Mas cês esttão no lucro. quae mandei um texto pseudo-filosófico meu.


Personagens: toda a galera que estudava junto no Macedão, curso pré-vestibular de Volta, mais o Luis Henrique, o Cozido, que fizera cursinho no Rio




O chuveiro dava um choque fraquinho, mas que incomodava. Eu só ouvia, predominantemente, a voz do Guerrero, me orientando (?):

-- Isso, Eros. Segura aí (numa das tais maçanetas que davam o incômodo choquinho). Tá acabando... – gritava ele para mim e para um monte de gente que tinha ido me ver tomar banho, completamente bêbado, depois de vomitar, no chuveiro no banheiro do quarto do Enéas.

Eu era um misto de orgulho e depressão, aromatizado por um odor de vômito e coquinho -- uma batida vagabunda que eu e o Cozido tínhamos comprado no fim da tarde para iniciarmos a comemoração por termos passado no vestibular. O resultado da maioria das provas saíra naquele dia.

Era dezembro de 1978 e éramos mais de 30 adolescentes na casa do Enéas, nosso ponto de encontro habitual. D. Aída, mãe do Enéas, não se importava com aquela turma barulhenta que enchia a cara, ocupando varanda, sala, quartos,cozinha e garagem da casa dela com berros e bravatas. Ao contrário: vibrava mais do que muitos e consolava quem não tinha passado. Por isso, não se alterou quando me viu, cabeça molhada ainda, sem camisa e usando um short que imagino do Dudu, irmão mais novo do Enéas, ser atirado no beliche superior do quarto do filho.

Escutei o comentário sucinto dela:
-- O Eros é mesmo fraco para bebida, né?
Apagaram a luz e fecharam a porta do quarto. Tentei protestar, mas aquela altura tinha me tornado inaudível. E apesar do facho de luz no chão da porta e do vozeiio, o efeito do álcool era mais forte e apesar da comemoração ter ido noite adentro, em pouco tempo eu “apagara”.

2 comentários:

  1. "O chuveiro dava um choque fraquinho, mas que incomodava."

    Clássico da Lorenzetti...

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  2. Jason, minha irmã que conta que eu vomitei no pe do diretor do colégio, padre gregório, que deu uma passada na asa do enéas para felicitar quem tinha passado. Eu não me lembrava disso. Estudei, a partir da 5ª serie, no Macado Soares,um colégio administrado por padres de uma ordem espanhola.
    Lúcia vai bem? mostra prela o blog, tá, abraços

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